sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

aaaaah eu vou piraar

Sinceramente...eu nem sei o que estou fazendo aqui...

oqueei,oqueii...chega do momento melodramático do dia...
mas eu tenho alguns motivos pra pirar...
mas se eu pirar você promete me acudir?
é que é tanta cooisa pra
fazer,pensar,falar,ler,conhecer,
será que uma vida toda é suficiente?
Estava lendo Drumond um dia desses...sobre se sentir realizado
eu nem tenho feito muitas coisas pra me sentir realizada,eu nem sei o que é
se sentir realizado,são tantas coisas,tantas perguntas..AH
Sabe de uma coisa,vou parar de ler Drummond,quando eu melhorar da cuca eu volto
Beijoos.me.liga.pra eu ganhar bonus hahahah

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

FIM *--*

Sai de perto dele,alegando ter que chegar cedo em casa,ele disse que poderia me levar mas eu recusei,pedi que me deixasse,perguntei se ele me amava,e ele disse que sim.
Pronto,eu ouvi o que queria ouvir,eu estava pronta para tudo.Dei a ele o meu último beijo,e fui direto para a delegacia.Mostrei ao delegado o conteúdo da gravação,ele ficou abismado com a frieza do aluno,mandou um pedido de prisão preventiva para o Hugo,ele era emancipado,já podia responder pelos seus crimes.Vê-lo algemado foi a piro coisa que me podia ter acontecido,o olhar que ele me jogou era terrível,eu fiz o que tinha que ser feito,mas não o que eu queria fazer...Beatriz estava ao meu lado,segurou a minha mão,mas eu sabia que não iria agüentar.Pedi para a minha amiga cuidar bem de seu filho,e ela me disse que ele era uma menina,seria uma bela menina,que o Edu ficaria com ela,e que tudo daria certo...Que a professora Maristela se casaria no domingo,que a Rafaela e as meninas do futebol pararam de fazer coisas erradas,e que eu,iria fazer disso,uma só passagem,ninguém iria sentir minha falta mesmo...morrer,é tão simples.
- Já sei de tudo Hugo,você foi esperto,tenho que reconhecer.O dia perfeito,a hora perfeita,quem suspeitaria de um aluno numa festa?
- Eu sempre sou perfeito,amorzinho,você que não tinha percebido antes.
- Matar o velho foi fácil?
- Digamos que precisou de estratégia,planejamento....o resto...foi pura sorte...
Ele tinha os olhos fixos nos meus,era complicado mentir numa situação dessas...quando eu sabia que iria pestanejar,eu o beijava,e assim ele não desconfiou de nada...
- Me traz um pouco de água,estou ficando sem ar...
- Fraca você né Shera...
- Você que é muito forte,eu ri sem jeito...

Ele parecia tão infantil,foi como tirar o doce de uma criança,mas em mim doía,no fundo do meu coração eu sentia que e estava traindo e acabando com o amor da minha vida,e então,eu pensava:até aonde eu poderia ir para fazer o que é certo?Por fora,eu era forte,uma rockeira de saia de tule,por dentro,era uma menina chorona,triste,e que ainda chorava pelo amor de um cara que nunca iria olhar para mim.Enquanto ele saia,eu guardava o gravador dentro da bolsa,ele voltou e continuamos,mas por mais bonito que parecesse,eu me sentia congelada por dentro.Me sentei perto da janela,e deixei a luz da rua fazer da fumaça do meu terceiro maço ficar azul,era estranho...

.....²

Ela se sentou num canto do banheiro,seus olhos estavam vermelhos de tantas lágrimas,ela não merecia isso,eu me abaixei e abracei a minha amiga,eu sabia que ela precisava de mim naquele momento,por isso,abraça-la era o mínimo que eu podia fazer.Ela batia a cabeça contra a parede,como se realmente quisesse se machucar,eu pedi para que ela parasse,mais cedo ou mais tarde as pessoas iriam descobrir tudo,seria impossível esconder uma gravidez.Ela se recuperou,e foi até a direção.

Chegamos na porta amarela rápido,prontas para encarar a velha diretora,mais conhecida por Dona Maria Evangelista.Ela não era muito amigável,mas por sorte,a psicóloga estava lá,e isso fez com que Beatriz se sentisse mais a vontade para contar tudo que a afligia.Logo depois da conversa,a psicóloga a levou até a sala,e conversou com os professores sobre o delicado caso da aluna de 16 anos que estava grávida.

O problema da Beatriz estava resolvido,agora eu precisava tomar uma atitude concreta para mostrar ao mundo a verdadeira face de Hugo.Não seria fácil,eu tremia só de saber que faria mal a um fio de cabelo dele,eu era fraca,humana,imperfeita.Cometia meus erros como uma pessoa comum,um dia eu acertava,e no outro eu errava,eu não podia fazer nada contra isso.Mesmo que pudesse voltar atrás,faria tudo de novo,ou simplesmente tentaria não ouvir a conversa de Hugo.

No dia seguinte,eu e Beatriz fomos ao médico,ela estava agitada,conversou com a médica,fez os pedidos dos exames,e pela primeira vez,ouviu o bater do coração de seu filho.Na saída,eu liguei para o Hugo,marcamos de nos encontrar na porta da escola,e fomos de trem para a casa dele.Eu fumava sem parar,meu hálito não tinha cheiro de bala de menta,mas sim de cigarro,ele nem parecia se imporatar.

Quando cheguei na casa dele,ele me beijou,eu fiquei sem ar.Fiz uns elogios perguntando se ele havia malhado,e ele ficou satisfeito.Jogou o cabelo loiro para o lado,me abraçou,e quando me vi estávamos caídos no sofá da sala.Ele me queria,eu o tinha nas mãos,e então foi muito fácil fazer confessar um crime.Ele não percebeu,mas o gravador estava embaixo da almofada...

...

Dei meu depoimento.De nada adiantou.Ele disse que o meu testemunho de nada valia já que eu não tinha provas,o que eu poderia fazer,que provas arrumaria?Ele me deu uma semana para que arrumasse alguma prova,pedi a ele que examinasse o corpo,deveria haver algum fio de cabelo,qualquer coisa,e a arma do crime?Onde foi parar?Haveria as digitais dele,que melhor prova precisaria?Mas nada foi encontrado,nenhum vestígio,nada.Então eu teria que sozinha procurar minhas próprias provas.

O Plano estava armado.Seduzi-lo não seria algo muito difícil,era só fazer o jogo dele,ele me queria nas mãos,eu o queria nas minhas mãos,nós iríamos ver quem ganharia essa queda de braço,quem cederia primeiro...

No dia seguinte,cheguei um pouco mais cedo do que de costume,e vi o Hugo na entrada,ele me abraçou,e dessa vez nem se eu quisesse eu não recuaria.Fomos para o nosso corredor,sem que ninguém percebesse que estávamos juntos.Ele me beijou me segurando pela cintura,eu tentei conte-lo,mas não conseguia...Até que antes da aula começar eu disse
- Chega Hugo!O que você acha de estudarmos,de verdade.hoje?
- Onde?
- Aonde você quiser...
- Minha casa,pode ser?
-Claro.
-Então,no fim do último período,quando a sua amiguinha for embora...
- Não precisa falar assim com ela,ela está passando por momentos difíceis,a culpa não é sua como também não é minha...Só quero que você não a perturbe mais,tudo bem?
-Claro...estou as suas ordens.
Antes que ele pensasse,eu dei um beijo em seu rosto de surpresa,e voltei para o pátio principal,para esperar a Beatriz.Quando ela chegou,eu contei do plano,disse que achava que tudo daria certo,ela como sempre foi atenciosa,e me pediu ajuda:

- Shera,tem como você vir no médico comigo?
- Quando Bia??
- Amanhã depois da aula,eu não falei com os meus pais,vou falar hoje.
- É melhor assim.

Eu sorri,e nós entramos para a sala de aula.No terceiro período,tivemos aula de educação física,e na hora do alongamento,Beatriz chamou o professor de canto,disse que não podia fazer esse tipo de aula,ele perguntou o porquê e ameaçou de dar a ela uma nota mais baixa,Beatriz pediu que o professor se abaixasse,ficou na ponta dos pés e disse a ele a noticia.O professor não agüentou,começou a rir e a espalhar por toda a sala,numa fração de segundos todos estavam sabendo que Beatriz estava grávida.A humilhação foi grande demais,a menina não agüentou,saiu correndo,chorando desesperada,eu fui atrás.

...

O dia seguinte chegou tão rápido que eu quase me atrasei sem perceber o celular tocando.Eu tinha sonhado com ele.Eu estava nervosa.Ao sair de casa,peguei uns trocados e fui comprar uns cigarros.Eu não costumava fumar,só quando estava muito mal.Quando cheguei na escola,abracei minha amiga e dei coragem para que ela falasse com os supostos pais de seu filho.Ela foi.Chamou os dois meninos de canto,eu estava bem ao seu lado,ela disse que não queria destruir a vida deles,e que contava com a compreensão de ambos,que logo que o bebê nascesse se fosse da vontade deles,ela faria um exame de DNA,e assim solucionaria esse problema.O Téo ficou um pouco desconfiado,quase não deu importância ao que ela dizia.Disse que só assumiria a sua responsabilidade se o filho fosse 100% dele.Já o Edu,foi mais carinhoso,a abraçou e disse que poderia contar com ele para tudo,mesmo que o filho não fosse dele.Beatriz me disse mais tarde que sentiu seu coração bater mais forte quando ele falou estas palavras.

Um assunto estava resolvido.Mas ainda faltava o meu,não sabia mais o que fazer.A cada dia que passava me sentia mais envolvida com o Hugo.Ele esperou que a Beatriz saísse com os meninos,e me puxou pelo braço:
- Desculpe por ontem,não queria que você ficasse constrangida,eu não sou o tipo de cara que sai com todas,só com as melhores...
Ele piscou um dos olhos e eu fiquei vermelha.
- Não tem importância.
- Tem sim,eu sei que você se sente a estranha aqui,mas tem muita gente que gosta de você...inclusive eu.
Ele me beijou novamente,dessa vez eu tentei,mas meus instintos foram mais fortes e não me deixaram recuar.
- Para com isso...eu disse quase sem fôlego.Você está me deixando encabulada,não podemos...
-Por que?Você tem namorado?Eu sei que não.A Beatriz não gosta de mim?Deixa ela...
- Não é nada disso,é que...você ta confuso,não apaixonado por..por...por mim.Pode ter certeza.

Sai correndo de perto dele,e me sentei no fundo da sala,bem no canto para que ninguém me visse.Ao final da aula,chamei o Cleitom,e disse que precisava da ajuda dele.Contei a ele toda a história,e ele quase caiu para trás,me puxou para a saída,e disse que tínhamos que ir na delegacia prestar depoimento,eu disse que não iria,que estava com medo.Ele me abraçou e disse que tudo ficaria bem.Nós fomos.Ao chegar lá,o delegado nos atendeu com pouca atenção,e só depois quando ficou sabendo da gravidade do problema.Falamos que era sobre a morte misteriosa do zelador do Colégio Santa Marta,ele no começo,não se interessou muito,mas eu sabia que aos poucos,quando ouvisse o que eu tinha pra dizer,ele ficaria abismado.

...

Ele saiu andando normalmente,eu esperei a Beatriz,sempre com seu imenso material,na porta.Ela saiu e perguntou o que ele queria,eu respondi que não era nada de mais.Fiquei constrangida e ter que mentir para ela mais uma vez,mas o que eu poderia fazer?

O último tempo acabou,e a Beatriz me deu um beijo no rosto e correu para o ônibus,pois ela estava atrasada.Eu esperei o Hugo sair,e ele me deu um braço e saímos da escola de braços dados.Me coração tripudiava dentro de mim.A minha consciência sabia que isso era errado,uma sandice sem fim,mas meu coração,implicava com a idéia de que eu poderia ser feliz,menos que somente por alguns segundos.Fomos até a sorveteira que ficava a algumas quadras de lá.Ele começou a falar da sua vida,da sua família,de tudo.Eu tentava,mas não conseguia prestar atenção em uma palavra que sua boca dizia,ao invés disso,prestava atenção no azul dos seus olhos,no loiro desarrumado do seu cabelo,nos mínimos detalhes.Eu me sentia tão estranha.Quando olhei no relógio,já eram mais de quatro horas,ele me convidou para ir até a sua casa,e realmente estudarmos,mas não,mais uma vez eu fiquei com medo,e disse que não iria.Então,ele puxou minha cabeça delicadamente,e me beijou.Foi um beijo estranho.Ele não era como os garotos que eu estava acostumada a ficar.Eles tinham um beijo com gosto de cerveja e cigarros,ele não.Seu beijo tinha gosto de sorvete de morango.Eu afastei minha cabeça rapidamente,peguei minha mochila e fui embora.Teria que pegar um ônibus para ir para casa,ou então chegaria muito tarde.

Logo que cheguei,liguei para a Beatriz,minha mãe não tinha chegado do trabalho,ela era executiva de uma multinacional,e meu pai também.Ele tinha ido viajar,e ela reunião com os diretores.Peguei o telefone e disquei para a casa da Beatriz,eu estava em prantos.Contei a ela o que me aconteceu,e disse que tinha sido tão maravilhoso,que não deveria ter acontecido.Ela não disse nada.Perguntei a ela sobre os supostos pais de seu filho,e ela tripudiou.
- Eu ainda não falei com nenhum deles.Descobri que o outro menino,o do cabelo preto,se chamada Eduardo.
- Maria Beatriz,você vai esconder isso até quando?
Minha voz estava alta,pensei que ela pudesse ficar com raiva,o que não era a minha intenção.
- Eu não..não sei de mais nada Shera...mais nada.Acho que eu preciso de mais tempo,e de um abraço.
- Sinta-se abraçada então!